Ou Coelhinho, Outono!

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Ou amarelo, 

ou azul

ou verde.

Ou vermelho, 

ou azul,

ou roxo.

Ou amarelo,

ou vermelho, 

ou laranja.

Outono!!!

Ou grande,

ou médio, 

ou pequeno.

Ou gigante,

ou bem pequenininho.

Outono!!!

Ou risada,

ou pulinho,

ou voltinha,

ou corridinha,

ou olhos fechados,

ou olhos abertos.

Outono!!!

Ou gatinho,

ou cachorrinho, 

ou elefante, 

ou passarinho,

ou coelhinho,

escondendo os ovinhos.

Outono!!!

                                                                                                 Cristina Meirose.

Ideias para brincar com a poesia:

Esta poesia propõe uma grande brincadeira. 

A ideia é que durante a leitura da poesia as crianças encontrem objetos que tenham relação com as palavras e mostrem para o adulto que está à frente da brincadeira ou, no caso de ações, interpretem as palavras.

Para quando é dita a palavra "outono", deve-se combinar previamente com a criança uma  mímica imitando, com as mãos e todo o corpo, uma árvore e as  folhas que caem ao chão.


À poesia podem ser acrescentados outros versos e estrofes aumentando ainda mais as possibilidades de brincar!

A Fada

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Sou uma fada bem pequenina a voar,

sobre uma mata cheia de árvores a embelezar

um belo rio que corre a deslizar

suas águas cheias de peixinhos a navegar.

Um barulho ouvi, vou escutar,

e atenta com meus olhos vou procurar

que som é esse tão alto a ressoar

por toda a mata e ainda o rio faz balançar?

Ouço o barulho e o cheiro que sinto me faz pensar

que folhas e árvores alguém está a esmagar...

Mas o que seria tão forte assim?

É o Gigante chegando a mim!

Um forte encanto preciso fazer

para este grandão conseguir conter!

Tudo ele está esmagando afinal,

até os índios já fazem sinal

de sair correndo para que ele não lhes faça mal!

Ele não sabe bem o que faz

mas tal maldade não me satisfaz.

Colocar em risco tantas vidas assim?

Isso certamente precisa ter um nobre  fim!

Cansado ele parece estar,

então já sei que magia empregar,

farei com que ele durma bastante enfim,

fará paisagem no meu jardim,

pois sono de gigante dura muito tempo sim!

O tempo passou, a paisagem mudou

e o Gigante em morro se transformou.

Deitado tranquilo em um sono profundo,

agora faz parte das belezas do mundo!

                                                          
                                                        Cristina Meirose

Ideias para brincar com a poesia:

Esta é mais uma poesia inspirada na Lenda do Gigante de Pedra, contada há muitos anos no município de Montenegro/RS.

Nesta poesia é a fada a personagem em destaque e que pode ser interpretada pelas crianças assim como o grande gigante. Também surgem na poesia as árvores da mata, o rio, os peixinhos, os índios e demais personagens que brotam na mente durante a poesia.

Pode ser interessante ler a poesia para as crianças pedindo que elas fiquem atentas ao que vai acontecendo. Assim, naturalmente, sem acordos prévios, elas poderão interpretar os papéis que vão surgindo. Alguns ou talvez todos serão a fada e também o gigante, talvez não. Talvez se transformem nas árvores ou nos índios, ou ainda no rio, ou em todos os personagens. 

É importante observar as escolhas de cada uma e conversar sobre elas. Sobre a atitude da Fada e também sobre a atitude do Gigante. Sobre as árvores que foram esmagadas e os índios que sentiram medo.

Será que a atitude da Fada foi correta?

Será que a Fada fez mal para o Gigante?

E a atitude do Gigante?

O que aconteceu?

Quanto tempo será que dorme um Gigante? Mil anos??? Mais??? Quando será que ele irá acordar de seu sono profundo?

Será que os índios sentiram medo?

Como foi o medo deles?

Alguém já sentiu medo?
E as árvores esmagadas, o que será que acontecerá com elas?
É importante preservar?
É possível reflorestar?
Onde moravam os índios? Onde estão agora?
Por que a paisagem vai mudando com o tempo?

Deixe a imaginação das crianças voar pois estamos falando de poesia, imaginação, faz de conta, estimulando a criatividade que é muito bem vinda em todas as idades! Lembre que a imaginação pode tudo: árvores de troncos coloridos, céu com cores e formas nunca antes vistas, coisas "malucas", isto é, transbordando de criatividade.

É principalmente na infância que devemos explorar e respeitar a imaginação e criação dos pequenos pois estaremos exercitando uma área importante do cérebro, o que facilitará em muito o seu interesse em aprender e explorar o mundo.

Acredito que muitas destas perguntas e outras ainda podem ser transformadas em belos projetos de pesquisa junto aos pequeninos. O melhor tema para um projeto é aquele que parte da curiosidade das crianças pois o principal, que é a vontade de aprender, já está presente.

Fazer registos fotográficos de um mesmo local ou paisagem durante diferentes momentos do dia na escola ou em casa com a família pode ser interessante para ver o que mudou. Uma imagem pela manhã, outra à tarde e outra à noitinha, por exemplo.

Pesquisar imagens antigas da escola, casa ou cidade e comparar com a atual paisagem é um ótimo exercício.

E que tal observar e pintar uma paisagem? O Morro São João pode ser uma ótima dica. 

E se a fada transformasse outras coisas? Casulos em borboletas, flores em frutos, crianças em adultos, etc. E que tal registrar "um antes e depois" com rostos sem e com maquiagem e cabelo arrumado diferente? 

Penso que a fotografia serve muito bem para registrar esses momentos.

A poesia também traz elementos ligados à audição e ao olfato, o som do gigante, o cheiro das folhas e árvores. Talvez explorar outros cheiros, utilizar o olfato, ouvir outros sons. Talvez até sons tão altos que façam alguma coisa balançar...

Mas é claro que falar sobre a atitude do gigante e da fada e sobre cuidado, responsabilidade, o que é certo e o que é errado também é muito importante. 

Será que se alguém não aprendeu o jeito certo de fazer algo ele é tão culpado assim sobre o que faz?

E o que é o jeito certo? Podem existir diferentes jeitos?

Penso que o jeito certo é aquele que não prejudica mas sim aquele que faz o bem e melhora algo.

Por exemplo: e se algum colega fizer algo errado, devo contar? Bem, penso que contar com o propósito de resolver algo e querer fazer do mundo e do amigo alguém melhor é sempre o caminho correto. Porém, contar a mesma coisa para alguém com a intenção de fofocar, prejudicar é fazer o mal. O que muda é a intenção. Boas intenções fazem o bem, más intenções propagam o mal. 

A poesia traz uma boa oportunidade para conversar sobre ética e diversos outros assuntos do dia a dia com as crianças e é importante que elas conversem, digam aquilo que pensam  e tirem suas próprias conclusões.

Por isso, a polêmica que pode surgir a partir da decisão da fada em adormecer o gigante pode também ser tema para trabalhos com adolescentes e adultos.

Um tribunal de acusação e de defesa dos personagens pode funcionar muito bem em todas as idades, O resultado deste tribunal irá depender de cada acusação e defesa e da visão dos  jurados e decisão do juiz

Uma ideia bastante interessante é realizar a atividade em diversas turmas e apresentar os resultados em cartazes pela escola para que todos possam apreciar.

São realmente muitas possibilidades a serem exploradas a partir desta poesia. Aqui apresento apenas algumas.

                                             Com muito carinho, Cristina!

Festa dos Bichinhos

Crédito da Imagem: EMEI MARIA LAURINDA

Hoje vou para uma festa

muito fofa e colorida,

mas sozinho não vou não

vou levar um amigão!

Na festa com ele chegarei

todo bonito e cheiroso eu sei,

pois banho sempre é preciso tomar,

para bem saudável eu ficar!

Banho tomado, cabelo penteado,

dente escovado, sorriso animado,

vou ficar todo arrumado

pois esta festa será legal,

um evento sensacional!

Para a festa agora eu vou,

com meu amigo será um show!

Muito vamos nos  divertir,

vamos indo devagar,

para em ninguém pechar!

Chegamos, que legal!

Quantos amigos, sensacional!

Em pé, sentados, dançando ou cantando,

todos se divertindo, fenomenal!

Agora uma foto vamos tirar,

pois desta festa quero lembrar,

com meus amigos vou me divertir,

que bom que ninguém deixou de vir!

(pausa na poesia para aproveitar a festa)

Na saída desta festa tem uma surpresa,

carimbos e tintas sobre uma mesa,

para a gente poder brincar

de vários bichinhos criar

e assim nosso nome assinar

para desta festa sempre recordar!!

Vou então com meus amigos,

cada um na sua vez,

uma cor vou carimbar,

para uma forma criar,

com perninhas, asinhas ou anteninhas

ou o que eu quiser colocar

pois é no meu amigão 

que eu vou me inspirar!!

(pausa para a atividade)

A festa está terminando 

e muito me diverti,

vou pegar o meu bichinho, 

 me despedir dos amiguinhos,

grande abraço eu vou dar

e para a casa vou voltar!

                                                             

                                                           Cristina Meirose

Crédito da Imagem: EMEI MARIA LAURINDA

Sobre a poesia:

Esta poesia foi inspirada em um trabalho realizado pelas crianças na EMEI MARIA LAURINDA no município de Montenegro/RS que, após a apreciação e observação de obras de arte com temática infantil, no caso, uma série intitulada "Bichinhos de Pelúcia", desenvolveram atividades variadas envolvendo histórias da literatura infantil, brincadeiras, teatro, pinturas, etc.

Inspirada nestas atividades nasceu a poesia "Festa dos Bichinhos" que aborda também aspectos relacionados à amizade, hábitos de higiene, trânsito,  além de incluir atividades do trabalho muito criativo desenvolvido na escola.


Dicas para brincar com a poesia:

A ideia é que cada criança traga de casa ou escolha na própria escola um bichinho de pelúcia ou outro brinquedo de sua preferência para levar para uma festa.

Ao início da poesia é importante que o ambiente da festa já esteja arrumado, de preferência, com a ajuda das crianças. Pode ser um evento com comidas e bebidas de faz de conta ou, se possível, reais com suco, pipoca, biscoitinhos, etc.

Tudo pronto, crianças já instaladas em suas casas imaginárias (podem ser espaços demarcados com giz ou cada canto da salinha pode ser uma casa diferente), chegou a hora de brincar de mímica com a poesia que ao ser lida já sugere aos pequenos o que fazer: tomar banho, colocar a roupa, pentear cabelo, escovar dentes, etc. 


A ida para a festa pode ser a pé ou de carro. Quem está de carro imaginário andando pela sala deve respeitar o trânsito e quem está indo a pé. Criar uma faixa de segurança e uma sinaleira/semáforo pode ser uma boa ideia para trabalhar noções básicas de trânsito.

Quando a festa começar é interessante que se coloque uma música para que as crianças possam dançar e cantar e as fotos da festa que a poesia sugere podem ser de faz de conta ou reais, caso os pequenos possam ou consigam fotografar de verdade.

A atividade surpresa da saída da festa "com carimbos e tintas sobre uma mesa" traz a ideia daqueles painéis de recordação nos quais os convidados assinam seus nomes, Neste caso, a ideia é que cada criança escolha uma cor para carimbar sobre uma grande folha uma forma para depois finalizá-la com detalhes do seu bichinho de pelúcia como se fosse a assinatura do bichinho. Na atividade realizada na EMEI MARIA LAURINDA os carimbos foram feitos daqueles espaguetes de isopor que cortados geraram formas arredondadas.

Se possível, cada criança pode assinar seu nome ou colocar a primeira letra do nome abaixo da assinatura do bichinho!

Com muito carinho, Cristina!

Sou um Gigante

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Tum, tum, tum!!!

Sou um gigante de pedra a caminhar

entre as árvores a procurar

um rio para a minha sede saciar.

Tum, tum, tum,

um belo rio eu achei,

então vou me ajoelhar

e com as minhas mãos grandes a água vou pegar

e beber para a minha sede matar!!!

Tum, tum, tum,

sou um gigante!

Caminho devagar,

entre as casas de uma aldeia a procurar

um lugar para descansar...

Caminhei, andei e

um belo lugar eu encontrei.

Então deitei e enfim consegui descansar.

De um sono profundo

não sei quando irei acordar!

Cristina Meirose

Ideias para brincar com a poesia:

Esta poesia foi inspirada na Lenda do Gigante de Pedra, contada há muitos anos no município de Montenegro/RS.

Ler a poesia para os pequenos enquanto eles se transformam no Gigante de Pedra, caminham grandes, pesados ou da maneira que cada um imaginar e interpretar seu Gigante pode ser muito divertido.

E que tal criar uma grande escultura de sucatas inspirada no Gigante de Pedra? Caixas de papelão são uma boa alternativa. Resolver juntamente com os pequenos quais os materiais e soluções possíveis para montar o Gigante com certeza são o melhor caminho para motivar e estimular a criatividade!

Várias outras noções podem ser trabalhadas a partir do Gigante como, por exemplo, sons que podemos produzir com o corpo ou com outros materiais, tamanhos e medidas, peso, tipos de pedra, solos, minerais, etc.

Com muito carinho, Cristina!

Pula Pula Coelhinho

Pula, pula coelhinho,

vai pulando devagar,

dois pulos para frente,

um pulo para trás,

olha para onde vai pular.

Venham logo amiguinhos,

cada um com o seu pular,

pula alto, pula baixo,

pula só, pula de dois,

pula de três para ajudar!

De mãos dadas a festejar,

grande ovo vamos formar,

como um abraço bem grandão,

segure firme a minha mão!

Este ovo é especial

e chocolate não tem não.

Olha só, vou descascar

para cada pedacinho te mostrar:

...

Um ovo muito especial,

recheado do que de bom

a vida pode nos dar.

Nossa vida, amor, carinho e amizade,

dia a dia a renovar e

no coração sempre guardar!

Cristina Meirose

Vamos Brincar!!!

Esta poesia traz como personagem o Coelhinho, ou melhor, muitos coelhinhos fazendo uma relação divertida com a Páscoa.

A poesia por si só é convidativa e naturalmente faz com que as crianças queiram interpretar os coelhos enquanto é lida, fazendo com que elas se envolvam de maneira divertida, cada uma do seu jeito. Interessante observar a reação de cada criança ao escutá-la.
  Outra ideia é sugerir às crianças que uma criança inicie a brincadeira interpretando o primeiro coelho enquanto a poesia é lida.

Pula, pula coelhinho,

vai pulando devagar,

dois pulos para frente,

um pulo para trás,

olha para onde vai pular.

Logo em seguida o coelho chama os outros coelhos, diferentes uns dos outros, ou seja, cada um com seu pular. 

Este é um ótimo momento para que cada criança improvise o seu jeito de entrar na poesia e sua maneira deve ser respeitada pois aqui estamos falando de respeito e inclusão, ou seja, cada um com seu pular.

Venham logo amiguinhos,

cada um com o seu pular,

pula alto, pula baixo,

pula só, pula de dois,

pula de três para ajudar!

 

Não existem regras na interpretação das crianças. O mais importante é que se respeite o resultado da brincadeira e depois sim, se converse sobre o que aconteceu.

Na parte "pula só, pula de dois, pula de três para ajudar!", caso não ocorra naturalmente, pode-se propor que alguns coelhinhos ajudem outros a pular uma vez que não conseguem pular sozinhos. 

Para isso pode-se propor que alguns fechem os olhos ou sejam levados no colo segurados por um ou dois amigos. A ideia é que unindo-se eles ajudem um coelho que não consegue andar e pular, ou outro coelhinho que não consegue enxergar e não sabe para onde ir.

A ideia continua propondo que as crianças, de mão dadas, formem um grande ovo, ou seja, unam-se todas e um grande abraço coletivo.

De mãos dadas a festejar

grande ovo vamos formar

como um abraço bem grandão

segure firme a minha mão!

Uma vez formado o "grande ovo", ou seja, o abraço coletivo, é hora de "descascá-lo" o que pode ser feito de várias maneiras. O importante é o conteúdo do ovo que está sendo descascado e revelado, ou seja, as próprias crianças!

Este ovo é especial

e chocolate não tem não.

Olha só, vou descascar

para cada pedacinho te mostrar:

neste momento cada criança
que forma o ovo pode dizer seu nome

Assim, é importante que cada criança diga o seu nome, ou então, que o nome seja dito por um amigo ou até por quem estiver recitando a poesia.


Desenhando o Grande Ovo! 

E que tal propor para que cada criança desenhe o grande ovo? 

E qual a regra? A sensibilidade e a criatividade de cada uma! O desenho de uma criança mostra muito daquilo que ela sente e de que maneira ela faz a leitura do mundo. 

Por isso peça que as crianças desenhem a experiência que viveram, cada um da sua maneira, pois do contrário a expressão não será genuína da criança. 

E que tal fazer um grande ovo unindo os desenhos de todas a crianças?

Com carinho, Cristina!

 

Laço do Abraço

Vem caminhando o patinho,

e vem bem devagarinho,

com suas asas encolhidas,

mexe, mexe o rabinho.

Depois vem o macaquinho,

pula, pula pelo chão,

dá sorrisos de montão,

coça a pança com a mão.

Lá vem mais um amiguinho,

de quatro patas ele vem,

anda todo charmosinho,

quem lá vem é o cavalinho.

Salta, salta o coelhinho,

e bem rápido ele vem, 

vem juntar-se aos amiguinhos,

quanta sorte ele tem!

Hoje a festa é de Natal,

muita alegria, que legal!

E o que mais será que tem?

Hoje nasceu um neném!

Muitos bichinhos a festejar,

cada um com o que tem para dar,

em um sorriso ou em um abraço,

só o que falta é fazer um laço

e depois desembrulhar!!!!! 

                                                      Cristina Meirose

 

Dicas...

A ideia, como acontece também nas outras poesias, é que os pequenos interpretem os personagens e suas ações.  Pode-se propor também às crianças que escolham qual bichinho querem ser, e que, em pequenos grupos, interpretem seu bichinho na hora que ele chegar à poesia. 

A poesia faz menção ao Natal e à alegria dos bichinhos em festejar a data, o que dá margem à criação de diversos outros versinhos tendo em vista outros bichinhos como gatinho, cachorrinho, etc. 

Pode-se pedir aos pequenos que, todos juntos com a professora ou em grupos, criem um versinho para um bichinho que não está na poesia. Os versinhos criados podem ser acrescentados à poesia e também interpretados pelas crianças.

O último verso refere-se àqueles presentes que todos nós podemos dar mas que nem sempre são por nós desempacotados: sorrisos, abraços, boas ações, amor, carinho, etc.


O laço pode ser um laço simbólico ou também pode ser feito com as crianças para que elas aprendam a fazer uma laço ou tope na prática.

Uma dica é que, ao final da poesia, algumas crianças peguem uma tira de TNT ou outra fita mais larga e colorida, com um tamanho que permita fazer um laço de presente ao redor de um amiguinho, mais ou menos na altura do coração.

Então, aquele que desejar ou a mesma criança que embrulhou o amiguinho pode desembrulhá-lo para receber o seu presente, ou seja, um lindo e gostoso abraço sorridente!!!

Pintinho Piu

  Imagem: pixabay.com/

Era uma vez um pintinho

que estava aprendendo a falar

olhou, caminhou, parou e falou

piu!

e então ele caiu!!!

Era uma vez um pintinho

que estava aprendendo a falar

olhou, caminhou, parou e falou

piu!

e então ele subiu!!!

Era uma vez um pintinho

que estava aprendendo a falar

olhou, caminhou, parou e falou

piu!

 e então ele fugiu!!!

Era uma vez um pintinho

que estava aprendendo a falar

olhou, caminhou, parou e falou

piu!

e então ele sumiu!!!

Era uma vez um pintinho

que estava aprendendo a falar

olhou, caminhou, parou e falou

piu!

e então ele ouviu!!!

Era uma vez um pintinho

que estava aprendendo a falar

olhou, caminhou, parou e falou

piu..piu piu, piu piu!!!!!

e então ele sorriu!!!

                                                           Cristina Meirose

O Pintinho Piu é mais uma poesia divertida e que permite que as crianças brinquem e imitem o personagem principal, ou seja, o pintinho.  

Vários temas podem ser trabalhados a partir dela, como, por exemplo, os animais, a "fala" ou sons dos animais, suas características etc.

A maneira que o pintinho caminha, ou seja, com cuidado também pode ser outro tema interessante que pode levar a outras questões como o cuidado ao atravessar a rua e a segurança no trânsito. Neste sentido, a poesia pode ser explorada em locais diferentes com as crianças, como, por exemplo, dentro da sala de aula, no pátio ou então em outro local que não coloque em risco a segurança dos pequenos.

As ações do pintinho podem levar ao estudo dos verbos e podem introduzir diversos outros temas ligados a ações como mar, plantar, cuidar, educar, estudar, ouvir, sentir, correr, pintar, etc

As rimas também são outro ponto importante da poesia e a ordem das palavras que rimam com o nome do Pintinho Piu, ou seja,  caiu, subiu, fugiu, sumiu, ouviu e sorriu também podem ser trocadas, o que pode tornar mais divertida a poesia, uma vez que a criança não sabe qual será a próxima ação do pintinho, criando-se assim uma certa expectativa.

Criar outras rimas com a participação dos pequenos escrevendo as palavras para que todos vejam e participem da poesia dando idéias e dando novas ações ao Pintinho Pio também é uma ótima ideia.

A persistência do Pintinho Piu é outro ponto importante da poesia. Ele vai com cuidado, cai, tem medo e até some, porém volta e atinge o seu objetivo. Um ótimo pretexto para trabalhar os sonhos de cada criança.

Com carinho, Cristina! 


Ah! Mais uma dica:

 O Pintinho Piu e o Natal

E se o pintinho, na verdade, estava ensaiando seu piu para um momento especial do qual ele não queria deixar de participar de jeito nenhum?  

E se no final de tudo ele saísse? E se voltasse para festejar o Natal cantando uma música natalina de piu com outros bichinhos de um presépio criativo, ou cada um com o seu som ou os dois em momentos diferentes??

Com a criatividade das crianças com certeza poderíamos dar um belo final natalino para esta história!!! Na poesia o final alternativo ficaria assim:

Era uma vez um pintinho

que estava aprendendo a falar

 olhou, caminhou, parou e falou

piu..piu piu, piu piu!!!!!

e então ele sorriu e saiu!!!

E então temos mais um lindo tema: a diversidade, a união das diferenças, pois o pintinho pode sair e voltar e juntando-se aos outros bichinhos, diferentes, com sons e jeitos diferentes, podem formar um lindo espetáculo e trazer uma bela mensagem de Natal.