quinta-feira, 14 de julho de 2016

Rola, Rola



Rola. rola pelo chão,
sai rolando de montão,
rola rola sem para,
vamos ver no que vai dar.

Rola um rolo de lã,
com seu fio a espalhar,
já rolou vamos olhar,
para um desenho criar!

Puxa um, puxam mais dois,
o seu fio a modelar.
Puxam três,
puxam mais quatro,
com o novelo a desenhar.

Espicha aqui, encolhe lá,
com a linha a desenhar,
olha só no que é que deu,
vamos logo desenhar!!!

                       Cristina Meirose



Desenhando com o Novelo de Lã

A ideia é propor uma brincadeira que poderá ser realizada com uma ou mais crianças e que parta de um novelo de lã que é lançado ao chão por uma criança e posteriormente modelado pelas crianças conforme a poesia é contada. 

Pode-se fazer a brincadeira livremente esperando que as crianças participem de forma espontânea ou pode-se combinar antes da brincadeira quem vai jogar o novelo, quem lê a poesia e o que cada uma das crianças irá fazer, em grupo ou sozinhas, conforme a poesia.

É uma boa brincadeira para estimular aquelas crianças que são muito tímidas e também aquelas que tem dificuldades em dividir, esperar a sua vez ou trabalhar em grupo.

O importante é estimular que todas as crianças participem e pode-se alterar a poesia anteriormente à brincadeira juntamente com as crianças para que todos sejam incluídos e tenham vez. 

Uma vez feita a brincadeira o que se deseja é que um desenho seja formado com a lã, seja ele figurativo ou abstrato. O importante é deixar que cada criança, seguindo o que diz a poesia, modele a lã como desejar.


Desenhando o que o Novelo de Lã Desenhou

A segunda proposta é que cada criança olhe para o desenho que a lã formou a partir da participação de todos e crie um desenho em uma folha, um desenho livre, conforme a imaginação de cada uma inspirada na forma que o novelo originou. O desenho deve ser surpresa para as outras crianças, o que estimula a autonomia, a segurança e também evita que a criação de uma interfira na outra. 

É importante lembrar que não existe desenho incorreto uma vez que ele vem da imaginação e da pureza do desenho de cada criança. A ideia é expressar e não seguir regras quanto às cores, se o desenho é pintado ou não, se é grande ou pequeno, se é no centro da folha ou não ou qualquer outra imposição que talvez possa querer ser colocada interferindo na originalidade de cada desenho. Lembre-se que somos diferentes e devemos respeitar as diferenças também no desenho e nas criações de nossas crianças. Do contrário estaremos querendo ensinar respeito desrespeitando aquilo que talvez para nossa visão preconceituosa não parece bom.


Galeria de Arte
 
A terceira proposta é fazer uma exposição dos resultados. Se a brincadeira for feita na sala de aula pode-se colocar os desenhos sobre as classes e observá-los como se as crianças estivessem em uma galeria de arte. Outra maneira legal é espichar um barbante com a ajuda das crianças, no qual os trabalhos podem ser presos como roupas em um varal. Neste caso é necessário ter o pedir que cada um traga prendedores para a aula.  


E que tal, em outra oportunidade visitar um Museu Pinacoteca ou Galeria de Arte?

Muitos artistas utilizam ou já retrataram novelos de lã nas suas criações sejam elas tapeçarias, pinturas, esculturas, etc. Será que existe algum na sua cidade? Se você não sabe pode descobrir com a ajuda das crianças!!!!!! Uma ótima pesquisa para que elas façam em casa com a família!


 Verbalizando o que a Criança Externou

A quarta etapa é a hora da conversa. Conversar com as crianças sobre os seu desenhos, permitir que cada uma fale mais ou menos pelo mesmo espaço de tempo sobre a sua criação.

Reforçar sempre a ideia de como somos todos especiais e também especiais são as nossas criações. Um desenho não é igual ao outro e isso é o que existe de mais legal em criar: cada um faz diferente mas todos os trabalhos são legais igualmente!

Liberdade para criar, respeitando as diferenças e permitindo que a criatividade seja estimulada, isso é tudo de bom!!!



 Verbalizando e Escrevendo o que a Criança Externou

Outra ideia é criar poesias a partir do próprio desenho. o que pode ser feito com ou sem a ajuda de um adulto. E que tal reunir tudo e fazer um livro? Fica a sugestão!!!

Gostaria de ressaltar aqui a diferença no desenho de cada criança. Quando um desenho é livre deixe que a criança crie livremente. Pode-se estimular mas não direcionar quanto ao que ou como a criança deve desenhar. Por exemplo, muitos artistas usam e abusam da cor, outros usam apenas a linha para expressar suas obras. Por que, por exemplo, é preciso pintar um desenho rico em traços e detalhes se a criança quer dar a ele a força da linha. A cor pode tirar do desenho a atenção do que para a criança é fundamental, ou seja, o seu traço. Outra questão é em relação ao tamanho do desenho. Desenhos muito pequenos por vezes podem significar timidez e não é um desenho maior que deixará a criança menos tímida. Pode-se fazer outras atividades que de maneira sutil, sem forçar, façam com que a criança se exponha e participe de atividades. A transformação do desenho da criança poderá então ser um indicativo de sua transformação. Mas cuidado, um desenho pequeno não é problema e pode ser apenas um estilo que a criança está explorando, então, deixe-a explorar e não tente fazê-la fazer como todo mundo faz, respeite a diferenças!!!! Estes são apenas dois exemplos e servem para propostas de livre expressão o que não impede que se façam com a criança outros exercícios direcionados para que ela conheça e explore cores, texturas, materiais diferentes, etc, seguindo então algumas regrinhas que irão servir de ferramentas para outras coisas que ela desejar criar posteriormente.


Olha só que legal: a professora Patrícia da EMEI Gente Miúda brincou e criou com a poesia Rola, Rola com a sua turminha do Jardim A !!!! Eu encontrei um peixe, estrelas e muitos outros mistérios em meio à trama de fios, e vocês? A brincadeira virou uma verdadeira obra de arte, muito legal, um abração a todos!!!! Vejam algumas fotos que a professora Patrícia enviou:








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